terça-feira, 17 de novembro de 2009

Necessariamente...

Virar as costas custa, arde interiormente como uma chama a propagar-se dentro de mim. Corroendo-me, enfraquecendo-me. Se é necessário? Por vezes sim, por vezes não. Fugir, apenas fugir do que me afecta se não for suficiente forte para o enfrentar. Mais fraco a cada passo que marca a minha distância, uma corda infinita prende-me ao que quero evitar, feita de algo que nem a lãmina mais poderosa, forjada nos confins do inferno pode cortar.
Cá me encontro a percorrer um caminho circular, duvidando de mim. Serei eu capaz? Serei eu superior? Que tão forte incógnita esta me acompanha. Paro, olho ao meu redor. Tudo o que vejo é escuridão, a esperança abandonou-me, não é esta a solução. Fixo o meu olhar débil nesta corda que me prende, agarro-a com as poucas forças que me sobram e puxo, puxo, metro a metro, quilometro a quilometro. Finalmente enfrento o que me mata por dentro, a minha viagem terminou. Voltei a viver de novo, uma força indescritivel toma conta de mim, como um exército celestial enviado para me ajudar.
Foi necessário? Necessariamente Foi.

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